A Endometriose e a Adenomiose são condições ginecológicas que afetam milhares de mulheres em todo o mundo, causando dor intensa e impactando a qualidade de vida. No entanto, com os avanços da medicina, é possível tratar essas condições e oferecer uma vida com mais bem-estar e conforto. Entender as causas e os fatores de risco é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado e melhorar a saúde.
O que é a endometriose?
A endometriose é uma doença caracterizada por proporcionar dores intensas para as mulheres devido ao crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero. Essa doença atinge as regiões dos ovários, tubas uterinas, intestinos e bexiga, com as dores intensificadas nos dias da menstruação.
As pacientes com endometriose podem apresentar alterações dentro e fora do útero, podendo atingir tecidos da cavidade pélvica que causam inflação crônica para essas áreas. Essa inflamação causa dores intensas como também pode levar a mulher a um quadro de infertilidade, que deve ser acompanhado principalmente para as que desejam ser mães.
Quando falamos em causas da endometriose, existem diversos fatores para o desenvolvimento da doença, tanto imunológicos como físicos. No que diz respeito a esses fatores, podemos destacar:
- Peso excessivo;
- Muitos ciclos menstruais;
- Alterações enzimáticas
- Problemas hormonais;
- Estresse;
- Baixo consumo de vitaminas C e D;
- Alimentação inadequada, com excesso de consumo de gordura e açúcar.
A endometriose pode acometer qualquer mulher e estar atenta às mudanças no corpo é uma forma de conseguir descobrir a doença a tempo e começar o tratamento precoce.
Ao apresentar desconforto tanto durante a menstruação, como nas atividades do dia a dia, o sinal de alerta deve ser ligado! Alguns sintomas ajudam a identificar uma possível endometriose, os quais são:
- Dores durante as relações sexuais;
- Dores para ir ao banheiro;
- Prisão de ventre ou diarreia durante o ciclo menstrual;
- Cólicas fortes durante o período menstrual;
- Dor pélvica contínua;
- Sangramento nas fezes;
- Fadiga e cansaço crônicos.
Ao perceber um ou mais sintomas, é preciso consultar um médico e relatar tudo o que se está sentindo. Dessa forma, o profissional irá solicitar exames para confirmar o diagnóstico e dar sequência no tratamento.
Tipos de endometriose
A endometriose possui três tipos diagnosticados antes da realização da cirurgia através de exames de imagem, sendo a superficial, profunda e ovariana.
A endometriose superficial atinge o tecido que recobre internamente os órgãos da cavidade abdominal e pélvica. Mesmo que seja mais comum, ela pode causar dores intensas.
A endometriose ovariana atinge a área externa dos ovários e forma cistos no local com o acúmulo do sangue menstrual.
A endometriose profunda é uma versão mais severa da doença, que além de afetar a fertilidade, provoca lesões que atingem tanto o útero como o intestino, a bexiga, entre outras áreas.
Outro tipo de endometriose é a que ocorre na parede abdominal, que acontece após o parto cesariano ou em situações de interrupção prematura.
Já a endometriose pulmonar é a forma mais rara da doença. Ela se desenvolve na região pulmonar através da corrente sanguínea.
Existem vários tipos de tratamento para a endometriose, tanto a interrupção do ciclo menstrual através de medicamentos como também a realização de cirurgia. O médico precisa analisar ao lado da mulher a doença e juntos optarem pelo melhor tratamento.
Tratamentos para endometriose
O tratamento da endometriose pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e o desejo da paciente de preservar a fertilidade. As opções incluem:
- Medicamentos para alívio da dor, como anti-inflamatórios, que ajudam a controlar o desconforto.
- Terapia hormonal, que visa reduzir o crescimento do tecido endometrial ao regular os hormônios.
- Cirurgia laparoscópica, indicada para remover os focos de endometriose e aliviar a dor em casos mais severos.
- Fisioterapia pélvica, que pode ajudar a fortalecer a musculatura da região pélvica e aliviar a dor crônica.
O que é adenomiose?
A adenomiose é uma condição em que o tecido endometrial, que normalmente reveste o útero, passa a crescer dentro da parede muscular do útero. Isso causa um aumento do tamanho do órgão, resultando em dores intensas e sangramento menstrual anormal.
Embora a adenomiose seja frequentemente confundida com a endometriose, as duas condições são diferentes, embora possam coexistir. A adenomiose é mais comum em mulheres na faixa dos 30 a 50 anos, principalmente aquelas que já tiveram filhos.
Sintomas da adenomiose
Os sintomas da adenomiose podem variar em intensidade, mas os mais comuns incluem cólicas menstruais severas e prolongadas, fluxo menstrual intenso (menorragia), e dor pélvica crônica. Algumas mulheres também podem experimentar inchaço abdominal e sensação de peso na região pélvica.
Em casos mais graves, a adenomiose pode levar à infertilidade e a dores durante a relação sexual. Esses sintomas podem impactar significativamente a qualidade de vida, e o diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento e aliviar os sintomas.
Tratamentos para adenomiose
O tratamento da adenomiose depende da gravidade dos sintomas e das expectativas da paciente em relação à fertilidade. Em casos leves, o uso de anti-inflamatórios pode ajudar a controlar a dor. Terapias hormonais, como dispositivos intrauterinos (DIU) hormonais ou contraceptivos orais, podem reduzir o sangramento e aliviar os sintomas.
Nos casos mais graves, onde os sintomas afetam significativamente a qualidade de vida, a histerectomia (remoção do útero) pode ser indicada como uma solução definitiva. A fisioterapia pélvica também pode ajudar a aliviar o desconforto pélvico crônico.
Diferença entre Endometriose e Adenomiose
Embora tanto a adenomiose quanto a endometriose envolvam o crescimento do tecido endometrial fora de seu local habitual, as duas condições são distintas. Na adenomiose, o tecido endometrial se infiltra na parede muscular do útero, causando aumento e dor.
Já na endometriose, o tecido cresce fora do útero, em locais como ovários, trompas de falópio e outros órgãos pélvicos. Ambas as condições podem causar dor e problemas menstruais, mas o tratamento e o impacto sobre a fertilidade podem variar.